063 Cura e Libertação da Árvore Familiar


Cura e Libertação da Árvore Familiar.
Por Padre Rufus Pereira
23/09/2007 - 09h00
 Ontem à noite, durante a oração para a cura interior e libertação, pedimos a Jesus que voltasse em todo o passado de nossa vida, desde o nosso nascimento e até mesmo antes, no momento de nossa concepção. E até mesmo antes na nossa árvore de família.
E assim como para Jesus não há tempo e nem espaço, mas apenas eternidade, e, portanto, nós precisamos rezar hoje pelo dia da nossa ressurreição, para que o Senhor se manifeste para todos nós como Senhor do tempo.
E nada pode sobrepujar o seu poder.
E assim nós poderemos pedir ao Senhor que nos cure retrospectivamente em nossa árvore de nossa família.

Caso: o jovem do grupo de oração.
Eu estava dando um retiro em Bombaim há alguns anos atrás e aí um jovem rapaz veio me ver no escritório.
E ele estava me dizendo que embora ele fosse um líder de um grupo de oração lá em Bombaim, ele estava sentindo que nos últimos meses o Espírito o havia deixado.
Ele falava: “eu me sinto tão seco, sem qualquer entusiasmo, e sinto como se parece que nada valesse mais a pena. Não sinto nem mesmo mais alegria pelo trabalho da Renovação Carismática”.
E aí rezei com ele para que o Senhor pudesse revelar para ele o motivo do seu estado presente.
E ele veio me ver novamente no dia seguinte e estava me dizendo que depois de eu ter dado uma palestra bem pequena a respeito da cura da árvore familiar, ele me disse que possivelmente um ancestral estava amarrando a sua vida, e esse era seu avô, que era um “homem santo”. [Um desses homens que a Índia tem, com poderes ditos sobre-humanos]
Depois de ter dado a palestra a respeito da cura da árvore de família, aí ele me disse que na verdade ele se lembrou que o seu avô era um alcoólatra e geralmente chegava tarde em sua casa completamente bêbado.
E aí ele se lembrava de que ouviu quando ele era criança que, um dia, o seu avô  chegou em casa muito tarde. As portas estavam fechadas e ele, portanto, teve que dormir do lado de fora da casa e aí dormiu numa esteira debaixo de uma árvore.
E durante a noite ele sentiu como se um rato caísse daquela árvore sobre o seu peito. E aí, instintivamente as mãos de seu avô tentaram agarrar aquele rato.
E, na manhã seguinte, as pessoas encontraram seu avô morto, aparentemente o rato havia mordido o avô. E também estava morto o rato, totalmente esmagado nas suas mãos.
E aí ele me disse que talvez a morte do seu avô, daquela maneira, isso poderia estar mantendo uma amarração na sua vida. E aí, portanto, ele começou a rezar por seu avô, pela alma do seu avô, para que o seu avô pudesse experimentar o poder da ressurreição de Jesus.
Bem, nós não sabemos que oração fazer, portanto nós rezamos o Pai-Nosso. De uma certa maneira é a mais simples e a melhor oração para a libertação, quando nós dizemos na última frase “mas nos liberta do mal”, que em algumas traduções aparece como “liberta-nos do mal, ou liberta-nos do inimigo”.
E à medida que ele começou a fazer aquela oração, ele sentiu uma dor de cabeça terrível e aí ele sentiu como si tivesse uma bola sobre o seu peito. Mas ele continuou fazendo aquela oração e, quando ele chegou ao final da oração, chegou na frase “mas liberta-nos do mal”, ele sentiu como se aquela bola que estava sobre o seu coração estava subindo para sua cabeça e aí a bola estourou, explodiu, e a dor desapareceu.
E aí ficou instantaneamente livre daquele buraco que o seu avô o estava mantendo. E aí naquele dia ele escreveu um lindo testemunho do que havia acontecido com ele.
Como eu sei que esse foi o principal problema que estava afligindo aquele rapaz? Por causa dos efeitos que aconteceram na vida dele depois disso.
Alguns meses depois eu fui para uma outra cidade ao norte de Bombaim, para dar um encontro por lá, e quando eu cheguei lá eu encontrei o líder daquele grupo de oração naquela cidade. E eu o reconheci como sendo aquele rapaz que me tinha feito aquele outro retiro antes.
E ele me disse que naquele instante, naquela época, ele já tinha mudado de cidade e naquela nova cidade ele era o líder dum outro grupo de oração, um coordenador, e estava organizando aquele encontro.
E quando fui para o local onde o encontro estava sendo realizado, não estava sendo realizado numa igreja como tinha sido feito último encontro, estava sendo realizado num espaço aberto, no pátio de um colégio católico.
E eu não podia imaginar como ele havia tido a coragem de montar um encontro daquela magnitude numa cidade daquelas. E o encontro foi muito bem-sucedido. E aí me lembrei como aquele rapaz, quando eu o encontrei da primeira vez, era um homem todo esfacelado, sem futuro e sem esperança.
Ele agora não era apenas o coordenador de um grupo de oração naquela diocese, mas ele inclusive tinha a coragem de organizar um encontro tão grande como aquele.
Aí eu pude perceber que o que havia feito a diferença, quando o Senhor o inspirou através da palestra que eu havia dado, que a triste morte do seu avô estava o mantendo preso em amarras. E quando ele próprio fez aquela oração de libertação, o Senhor o libertou tão efetivamente, que o Senhor permitiu que ele se transformasse num líder reconhecido por todo o país. Aplauda o Senhor por causa disso. (aplausos.)

Coisas que Aconteceram com Nossos Antepassados Podem Influenciar Nossa Vida Presente.
Em Primeiro Lugar: coisas que aconteceram com nossos antepassados podem influenciar a nossa vida presente.
O motivo pelo qual eu comecei esta palestra nesta manhã com este incidente é, em primeiro lugar, fazer com que a gente fique consciente de como coisas que podem ter acontecido com nossos antepassados podem influenciar nossa vida presente de uma maneira negativa.
Rezar Especificamente Pode nos Curar e Libertar.
Em Segundo Lugar: rezar especificamente por uma pessoa e determinada situação pode nos curar e libertar.
E quando nós fazemos uma oração pela cura da nossa família e de nossa árvore de família, não apenas de uma maneira generalista, mas especificamente por uma pessoa e todos os detalhes daquela pessoa, todos os detalhes e situações daquele antepassado que já morreu, não apenas nós nos libertamos, mas aí então nós temos inclusive a força, a habilidade e a condição de nos tornarmos inclusive líderes conhecidos dentro de todo o país.
A Parte da Missa Para os Antepassados.
E é por isso que na missa, todos os dias, especialmente no domingo, nós fazemos a seguinte oração: Senhor lembre-se daqueles que morreram e já se foram, como um sinal de fé. Leve-o, Senhor, e todos aqueles que partiram para a presença de sua luz.
Eu sei que nós repetimos essa oração até mesmo sem pensar o que estamos dizendo. Mas quando eu a digo durante a missa e chego nessa parte da missa, eu falo bem devagar e com todo significado que cada palavra tem.
E também ontem nós rezamos, em um segundo momento, pela nossa cura durante os nove meses dentro do ventre de nossa mãe. E pelos primeiros anos de nossa infância e nossa pré-adolescência.
Novamente nós lembramos o quanto é importante tal oração para nós, precisamente porque há grandes dores e grandes chagas durante o nosso período de infância e de adolescência, e durante os nove meses durante os quais nós estivemos no ventre de nossa mãe.
E o Senhor pode nos trazer uma cura das maneiras mais inesperadas, trazendo cura não apenas para a criança, mas para toda a família.

Caso: A Mulher e a Criança.
Havia uma família que eu conheço muito bem lá em Bombaim. Na verdade eu dei emprego para aquela mulher como professora em minha escola e inclusive matriculei seu filhinho na nossa escola.
E, claro, ela me contou como ela tinha uma super proteção sobre seu filho porque ela não tinha tido filhos durante muitos anos. E aí era um milagre que ela tivesse concebido e estivesse agora sendo mãe daquele lindo menininho.
Eu tinha estado fora de Bombaim durante os feriados. E enquanto eu estava fora de Bombaim eu fiquei sabendo das notícias de que aquele menininho tinha tido uma febre e morreu. E eu fiquei muito triste quando soube disso.
E quando eu fiquei sabendo que ele havia morrido só por causa de uma febre, eu até mesmo falei comigo: “eu gostaria de ter estado lá e poder ter rezado por ele. E ele não teria morrido e talvez até mesmo se tivesse morrido, eu sentia que se eu tivesse rezado por ele poderia ter até voltado para a vida”.
Porque também era uma pequena febre que ele tinha tido. E quando voltei para Bombaim as pessoas me disseram que a família, o casal, havia feito com que o corpo da criança fosse exumado, porque eles achavam que os médicos haviam negligenciado aquela criança. E aí então eles estavam fazendo aquilo para, de repente, conseguir processar os médicos.
Eles Acreditavam que Eu Ressuscitaria a Criança.
Alguns dias depois o casal veio me ver e eles me disseram: “Padre, o senhor sabe que o nosso único filho morreu. E tem sido um grande sofrimento para nós. Você deve ter ouvido, inclusive, padre, que nós fizemos até o pedido de exumação do corpo do nosso filho. Mas não porque nós tivéssemos achado que os médicos tivessem feito o diagnóstico errado a respeito deste caso. Nós fizemos isso porque nós havíamos tido um sonho, nós tínhamos tido uma visão. E tivemos uma visão. E nesse sonho e nessa visão, nós vimos o senhor vindo para o túmulo de nosso filho e trazendo-o de volta para a nossa vida”.
Ao quando ouvi isso eu me senti bastante desconfortável, pensando no que poderia vir logo a seguir e aí eu disse: “bom, eu sinto muito estar ouvindo isso”.
E aí eles me disseram: “padre, nós estamos vindo aqui para perguntar para o senhor se essa visão que nós tivemos era de Deus ou será que não era?”
E eu disse: “olha, eu acredito que é de Deus. Mas vocês devem interpretar isso da maneira correta, porque eles estavam insistindo que se aquele sonho e aquela visão eram de Deus, então eu deveria ir naquele momento lá no túmulo, porque quando eles tinham exumado o corpo da criança, depois deles terem tido aquela visão, aquele sonho, nós tivemos certeza de que o nosso filho estava vivo e dentro daquele túmulo. E foi um grande choque para nós perceber que ele estava morto”.
E aí, então, eles estavam me perguntando se aquela visão e aquele sonho que eles tinham tido era ou não de Deus.
Eu não podia dizer que aquilo não era de Deus porque senão toda a fé deles seria abalada.
E daí eles concluíram que se era de Deus, eles queriam que eu fosse até o túmulo daquele menino e trouxesse aquela criança para a vida novamente.
Agora o que é que vocês fariam se estivessem no meu lugar? Às vezes nós somos colocados em uma situação bem embaraçosa.
Eu não poderia dizer “não” porque poderia abalar a fé deles e se dissesse “sim” e nada acontecesse, a coisa que ia ficar pior ainda.
Aí então, o que é que eu fiz? Aí então eu disse: “eu vou com vocês.”
Mas antes eu disse para eles: “olha, é de Deus, mas vocês precisam interpretar de uma maneira correta. Assim como na bíblia, os sonhos devem ser interpretados”.
E aí eu fui lá com eles até o túmulo e eu fiz uma oração:
“Senhor Jesus, o Senhor já estava morto e veio de volta para a vida. Agora Você está vivo, e mais real do que antes e está até mesmo aqui conosco, até mais do que quando esteve com os apóstolos. E Você nos disse: “eu sou a vida e a ressurreição. Se qualquer um morre mas acredita em mim nunca morrerá de fato, mas terá a vida eterna”.
Senhor Jesus, eu te agradeço pelo dom dessa pequena criança, dessa pequena criancinha para este casal, depois de tantos anos sem poder ter uma criança. Senhor Jesus te agradeço também por tê-lo levado junto contigo para o Céu. E, senhor Jesus, eu sei que esse menininho não está morto. Porque durante a missa nós fazemos uma oração nas missas pelos mortos.
Nós dizemos: Senhor, para aqueles que acreditam, a vida não termina com a morte. A vida apenas muda para uma vida muito melhor. Portanto Senhor, eu acredito que esse menininho não esteja morto, ele esteja vivo, mais vivo do que ele jamais esteve.
Você não o deixou em nenhuma situação de dor, ele não deixou os seus pais, mas está com seus pais neste momento, de uma maneira mais real e até melhor do que antes.
E Senhor, eu te agradeço de estar dizendo para mim e para essas duas pessoas maravilhosas, que Clayton está mais vivo do que jamais esteve.
E apesar de ele estar no Céu, está lá rezando e dando apoio aos seus pais e estará sempre com eles. E que o Senhor possa trazer algo ainda melhor, fazer algo ainda melhor do que antes na vida deles.
E aí depois de eu ter feito essa oração, ambos se viraram para mim e disseram: “Padre, muito obrigado, agora sabemos que nossa visão e nosso sonho era coisa de Deus e Ele respondeu às nossa orações de maneira ainda melhor do que poderíamos esperar. Aplaudam o Senhor por Isso. (aplausos.)
Por que é que o cristianismo é diferente de qualquer outra religião de certa maneira? Porque nós acreditamos que a morte é a grande cura, que a morte é uma passagem da vida divina deste mundo para a vida divina para sempre no mundo do Céu.
Mas este não é o fim da história. Como eu disse para vocês, eu tenho um péssimo hábito de não saber quando terminar uma história.
Agora eu vou contar para vocês um segundo final: Alguns anos depois eu encontrei com o casal num congresso muito grande. Acho que foi depois de uns dois ou três anos. Eu sempre pensava neles e rezava por eles por causa daquela grande perda que eles tinham tido.
Quando os encontrei no portão de entrada daquele congresso, eu os vi com um pequeno bebê no colo.
E aí eu disse: “estou feliz que vocês tenham adotado esse menino, para ocupar o lugar daquele filho que vocês perderam antes, para que vocês não fiquem sozinhos. E que de certa forma, o filho de você estará de volta através desse menino que vocês adotaram”.
E aí eles disseram para mim: “padre, nós não adotamos essa criança, ele é nosso filho verdadeiro”. (aplausos.)
Logo depois dessa oração que eu fiz no túmulo do filho deles que havia morrido, o marido estava me contando: “a minha mulher concebeu e deu à luz e agora nós temos nosso filho”.
Mas esse não é o fim da história. Há um outro final, o último final.
Alguns anos depois eu os encontrei novamente e aí não havia apenas um, agora eles tinham 4 crianças e nenhum deles eram adotados, eram filhos legítimos! (aplausos.)
E eu disse para mim mesmo: “eu apenas rezei que o Senhor trouxesse, de alguma maneira, aquele filho que haviam perdido para a vida deles. Mesmo se fosse através da adoção. Mas o Senhor me levou bastante a sério. Porque agora, quando eu olho para trás, talvez eu tenha rezado por um tempo muito comprido e aí por isso eles tiveram quatro filhos”. (aplausos.)
É porque agora eu só rezo bem rapidamente, porque eu não quero que o Senhor leve tão ao pé da letra. (risos da platéia.)

Em Terceiro Lugar: rezar por nossa juventude.
E em terceiro lugar, finalmente, ontem nós também rezamos pelo tempo da nossa vida quando nós éramos jovens, quando nós éramos crianças mais velhas, ou adultos mais moços.
Porque nesse período de nossa vida as dores são relembradas de uma forma muito intensa, assim como no último final de semana havia uma jovem conosco.
Ela tinha 24 anos e ela parecia que estava possuída, estava chorando. E por dez ou quinze minutos ela ficou falando repetidas vezes “mamãe por que é que você me deixou? Papai por que é que você me abandonou?” Ela não estava possuída nesse sentido técnico, ela estava apenas muito, muito magoada.
Isso pode parecer com aqueles que estão próximos a uma pessoa ou por pessoas que estejam odiando ou contra aquela pessoa.

Caso: Uganda.
Há muitos anos atrás eu estava dando um encontro sobre libertação lá na África, Uganda, e daria um encontro de dez dias com 300 padres.
E ao final daquele encontro um deles me disse: “o que nós concluímos é que, apesar desses dez dias de encontro, é que, apesar desses dez dias, tão pouco nós sabemos do ministério de libertação”.
E aí eu fui lá uma segunda vez para Uganda.
E uma terceira vez.
E aí finalmente dei um retiro focando no ministério de cura e libertação para todos os bispos do país de Uganda.
No primeiro retiro havia um vigário geral de uma das dioceses. E ele veio até mim e disse para mim como seu irmão mais novo estava tão doente.
E ele falou para mim que seu irmão estava afetado mentalmente, ficava sempre preso dentro de um quarto, porque ele ficava muito violento. Ele era alguma coisa como um paciente psiquiátrico. E ele era esquizofrênico.
Ele disse para mim: “depois de ver o fim da sua palestra, eu percebo que o meu irmão, a quem eu amo tanto, ele não é um esquizofrênico, ele está apenas possuído”.
Aí eu disse para ele: “eu estarei dando um retiro em Uganda um pouco mais para frente. e você pode trazer o seu irmão”.
E aí, um tempo depois, eu voltei para Uganda.
Era a celebração do jubileu de prata da Renovação carismática em Uganda e aí eu era o principal palestrante. Era celebrado numa grande igreja de Uganda e aí eu fui informado pelo grupo de libertação, o qual eu havia formado e treinado, que aquele vigário geral tinha trazido aquele seu irmão para aquele encontro.
Mas, quando eles tentaram colocar o irmão do vigário dentro da missa, ele ficou tão violento que ele deu um soco no olho do seu irmão e o olho dele ficou vermelho e quase perdeu a vista.
E aí o encontro começou e eu falei para a equipe de libertação que é, inclusive, uma equipe muito boa, para ficar vigiando aquele rapaz dia e noite, e que rezassem para que o Senhor revelasse quais eram as razões para que ele estivesse tendo aquele problema, porque eu não iria rezar ou conversar com ele a menos que eu tivesse certeza das razões pela qual estava ali.
E aí, já na quinta-feira de manhã, e durante todo aquele tempo, eu não vi nem o grupo de libertação, e nem o rapaz. E fiquei sabendo posteriormente que eles estavam no final daquela multidão imensa.
E aí, naquela quinta-feira de manhã, quando estava tomando café da manhã com os padres, o padre que estava designado para tomar conta da Renovação Carismática na África, que era inclusive alemão, disse para mim: “padre, você tem que ir agora tomar conta do caso daquele rapaz, porque já se passaram três dias”.
Aí eu disse: “tudo bem, eu vou rezar para esse rapaz hoje, à noite”.
Vocês sabem como é que os alemães são: eles não conseguem admitir “não” como resposta.
E aí eu disse: “Então eu rezo por aquele rapaz depois do almoço”.
E então ele disse: “muito tarde”.
Aí eu disse: “eu rezo logo depois da primeira palestra da manhã”.
E o padre disse: “tarde demais, reze para ele agora”.
Disse: “tudo bem, onde ele está?”
E ele estava na capela próxima da nossa sala de refeição.
Aí eu fui para aquela capela e o encontrei. Lá estava o grupo de libertação: era uma freira, que era inclusive uma médica, uma grande líder da renovação lá na África, e também naquele time havia homens e mulheres. Eles já estavam naquela capela esperando por mim.
Aí olhei para todos eles e eu perguntei: “onde é que está o rapaz?”
Eles disseram que ele estava no banco da frente. E eu olhei para o rapaz. Ele estava olhando para o Santíssimo Sacramento e ele parecia estar bem.
Aí eu disse: “ah, mas ele parece que está tão bem...”
E ai eles disseram “não”.
E aí eu perguntei: “qual é o nome dele?”
E o nome dele era “João”.
Eu estava sentado no último banco e a capela era pequena, somente a metade do tamanho deste palco.
Aí eu disse: “João”.
E ele levantou a cabeça e os olhos.
E eu disse novamente: “João”.
E aí ele se virou e eu disse: “João”.
Ele se virou e ficou me encarando e aí eu disse: “João, venha aqui”.
E aí ele colocou uma das mãos no chão, uma das patas no chão.
E eu disse: “Vem cá”.
E ele colocou a segunda pata no chão e eu disse: “vem cá!”
E ele veio como uma pantera, na minha direção. Ele veio até o meu banco e aí, quando ele veio até mais perto, falei: “João, sente-se”.
Aí olhei para ele e perguntei: ”você quer se confessar?”
E ele disse, ele apenas balançou a sua cabeça, e eu disse: “faça sua confissão”.
E aí eu estava tão surpreso! Ele fez uma confissão tão linda e até me contou porque ele tinha aquele problema: a sua tia mais jovem, a irmã do pai, tinha muita inveja da família. E ela tinha muita inveja da família toda e havia colocado uma maldição, um feitiço em todo mundo. E esse rapaz e o seu irmão, que era inclusive padre, o vigário geral da diocese, que havia falado do seu irmão para mim, já havia me contado que eles sentiam que aquela tia havia colocado um grande feitiço no irmão mais jovem do padre.
E foi exatamente isso que aquele rapaz me disse e tudo o que ele me dizia era: “padre, eu perdôo a minha tia”.
Aquele rapaz supostamente estaria possuído, mas eu diria que jamais havia ouvido uma confissão tão bonita na minha vida. Não apenas confessando seus pecados, mas também perdoando as pessoas pelos pecados delas contra ele, na família dele.
Eu acredito que esse foi o primeiro passo para sua libertação.
E aí eu disse: “agora vou rezar”.
E aí a irmã havia escrito todas as coisas pelas quais eu deveria rezar.
De um lado tinha uma lista de feridas emocionais: o espírito de ódio, o espírito de medo, o espírito de inveja e assim por diante.
E do outro lado havia espíritos animais: o leão, o crocodilo, a serpente, e assim por diante.
E aí eu comecei a rezar primeiro por todos aqueles espíritos emocionais, e, um por um, deixou aquele rapaz.
Aí depois comecei a rezar pelos espíritos dos animais. À medida que eu ordenava que o espírito de crocodilo deixasse o rapaz, então o rapaz levantava e ficava andando na capela inteira como se fosse um crocodilo.
E aí eu dizia: “espírito crocodilo, deixe o rapaz”. Aí o espírito saía do rapaz e ele voltava para o meu lado.
E aí eu disse: “espírito de um leão”... e ele ficava andando para todo lado como se fosse um leão.
E aí eu disse: “espírito de leão, deixe esse rapaz”.
Eu nunca vi tantos animais como eu vi naquele dia na capela.
Estava me esquecendo de falar para vocês, eu falei para todo mundo ficar do lado de fora da capela. Eles saíram um pouco relutantemente. Eles levaram o padre com eles e eles ficaram olhando pela fresta da porta.
Aí eu fui lá e fechei a porta, mas eles ficaram com medo por mim. E aí ficaram dizendo: “o que é que pode acontecer com o senhor?”
E eu disse: “não se preocupem, fiquem lá fora e rezem”.
E lá fiquei eu com todos aqueles demônios.
E aí eu finalmente falei: “Ordeno que o espírito de gorila saia desse rapaz”.
E o rapaz se levantou e olhou para mim como se fosse um gorila e quase fiquei com muito medo, eu pensei que fosse agarrar meu pescoço. Mas eu olhei diretamente nos olhos dele e eu disse: “ordeno, espírito de gorila, que deixe o rapaz”.
(Uma mulher está gritando.)
Vocês estão deve olhar para lá, olhem para cá. (aplausos.)
Por causa de duas razões, isso é por causa de ódio e inveja e toda sorte de sentimentos ruins pelos membros de nossa família e mesmo de nossos vizinhos.
E em segundo lugar por causa da estupidez de vocês de ir para as pessoas às vezes erradas para buscar ajuda nos lugares errados. (aplausos.)
Aí quando terminei tudo, aí o rapaz me falou assim, uma coisa a mais: “o espírito de um touro”. Ele disse uma coisa mais, o espírito de um touro.
Mas aí eu disse: “agora eu estou meio cansado, vamos deixar isso para depois?”
Aí eu falei para o rapaz: “vai lá e abre a porta”. E ainda lá na porta, ele abriu a porta e o pessoal, aquele grupo todo, estava olhando para ele e estavam se perguntando: “onde estava o padre Rufus?”
Talvez eles tivessem achado que ele tivesse se transformado num leão e tivesse comido o “Daniel” que estava “na cova do leão”.
E aí olharam por entre as pernas do rapaz e aí me viram: sentado no banco, quieto.
E aí perceberam que eu estava como Daniel, salvo e tranqüilo.
À noite foi a missa de encerramento e os bispos de Uganda estavam lá no palco e o núncio apostólico também estava lá.
E aí eu falei para aquele grupo de libertação: “Não deixem que o rapaz fique lá para trás, eu quero ver o rapaz bem aqui na minha frente”.
E disse: “Jesus gosta de curar as pessoas de cara a cara, não manda as pessoas para ficarem lá atrás. Jesus não diz para pegar e levar as pessoas lá para fora. Eu quero que ele esteja aonde eu possa vê-lo”.
E aí a missa começou, e eu não via nem o grupo de libertação e nem o rapaz. Mas aí, quando eu virei para dar a paz, para dar a paz às pessoas que estavam ao meu redor, eu vi que ele estava perto de mim. Mas atrás do altar.
Eu os vi ali.
Pelo menos, então, eles obedeceram parte daquilo que eu tinha falado, ele estava perto de mim, e a missa acabou e a cerimônia de cura começou.
Aí eu disse para o grupo de libertação: “traga o rapaz para que ele fique na frente”.
E aí, à medida que nós começamos a fazer a oração, todas aquelas manifestações começaram: o rapaz começou a rolar na grama, o seu cabelo ficou tudo cheio de grama, e continuamos a oração diante do Santíssimo Sacramento. E, ao final daquela oração, o rapaz caiu sobre o solo.
E aí eu falei para aquela multidão: “vejam por vocês mesmos como Jesus liberta e cura as pessoas”.
E aí eu fui perto da borda do palco e eu disse: “João!”
E ele abriu os olhos e eu disse: “João, fique de pé!”  
Aí João ficou de pé.
Aí eu disse: “João, suba até o altar”.
E aí ele veio para o altar.
E aí havia o Santíssimo Sacramento, ali na frente, e ele veio para frente do Santíssimo Sacramento e se curvou. Aí eu percebi que ele estava totalmente liberto. Aplaudam a Deus. (aplausos.)
É claro que as 25.000 pessoas que estavam lá naquele lugar, naquele dia, aplaudiram por um tempo muito maior quando eles viram aquele rapaz, que inclusive presenciaram que estava possuído, se rendendo ao poder do Santíssimo Sacramento.
E tudo isso havia sido filmado pelo canal da televisão de Uganda, um canal público, mas esse não é o final da história.
Aí eu chamei o irmão daquele rapaz, o vigário geral, que era um padre. Ele subiu ao palco porque eu queria que ele pudesse traduzir aquilo que o menino, o rapaz ia dizer. Aí o irmão do rapaz subiu e o rapaz que estava possuído e que supunham que era esquizofrênico, e havia inclusive dado um soco no irmão quando o irmão estava-o trazendo para a conferência naquele congresso.
E, lembrem-se, o padre quase perdeu um olho e seu olho estava bem vermelho, e eles foram e se abraçaram. E eles ficaram abraçados por cinco minutos.
Vocês podem imaginar por quanto tempo o pessoal de Uganda ficou batendo palmas?
Mas esse não é o fim.
E aí o próprio rapaz falou para mim: “eu quero falar para o povo”.
Ele foi ao microfone e falou para o seu povo: “vocês me viram ali, rolando de um lado para outro na grama, e agora vocês me vêem aqui em cima do palco de pé. Por que é que eu estava rolando na grama como um animal? Porque eu fui a todos os feiticeiros ao invés de ter me dirigido a Jesus!”
E aí ele começou a falar para o povo: “É isso que vocês não devem fazer! Somente quando eu vim para Jesus é que eu consegui me libertar daquele quarto escuro no qual eu fiquei durante anos! E agora que eu estou voltando para minha diocese, vou pregar a Boa Nova para todo mundo que eu encontrar e que somente Jesus é nosso Salvador e aquele que pode nos curar!” (aplausos.)
(Aplausos e ovação.)


2007 (2a. temporada)

  1. Alegria Cristã - 21/09/2007 - 20h00
  2. Jesus Acolhe as Criancinhas - 22/09/2007 - 09h00
  3. Jesus Cura as Crianças - 22/09/2007 - 11h15
  4. Jovens em Busca da Felicidade - 22/09/2007 - 14h00
  5. Jejum e Oração - 22/09/2007 - 16h30
  6. Cura e Libertação da Árvore Familiar - 23/09/2007 - 09h00 <== você está aqui.
  7. Libertação de Casais e Alcoolismo - 23/09/2007 - 11h15
  8. Como se Tornar um Evangelizador - 23/09/2007 - 15h00

Nenhum comentário: